É tempo de parar
Núcleo/Coletivo: Coletivo Fulni-ô De Cinema
Direção: Hugo Fulni-ô
Etnia: Fulni-ô
Ano: 2020
Duração: 3 minutos
A pandemia atingiu a população de todo mundo, causou milhões de mortes e modificou a vida das pessoas. No caso das populações indígenas brasileiras, sob um governo que só diminui a assistência à população, o desafio se tornou ainda maior, e as comunidades tiveram elas mesmas que criar estratégias para lidar com a pandemia. A produção audiovisual indígena se tornou um importante canal de comunicação dentro das comunidades e ampliou a criação de redes entre as diversas etnias. Os filmes desta sessão mostram um pouco dessas iniciativas, desse debate e questiona a condução do Estado diante da crise sanitária, bem como da atuação humana de descuido e devastação ambiental. Para os indígenas a aparição da Covid-19 é uma resposta da natureza a estas ações de descuido e escancara o projeto de desprezo à vida e aos direitos dos povos indígenas.
Ethxô Nandudya - Desde o surgimento do coronavírus o povo Fulni-ô vem acompanhando as notificações, dadas principalmente pelo jornal televisivo e pela internet. Acreditava-se que seria impossível o vírus chegar no Brasil, mas chegou. A dificuldade de adaptar à nova realidade do isolamento foi sendo superada pelo desejo de permanecerem todos vivos, após a morte de 5 parentes. O filme retrata de maneira criativa esse momento e reflete sobre o novo vírus ser uma lição para a espécie humana.
Medidas de tratamento da Covid-19 povo Xukuru do Ororubá - é uma vídeo-reportagem sobre os procedimentos adotados pela casa de acolhimento e recuperação de pacientes indígenas que testaram positivo para Covid19 no território Xukuru. A alimentação saudável, o isolamento e uso de máscara são práticas importantes para a boa recuperação e para evitar o contágio.
É tempo de parar - registra Thuíni Fowa, curandeiro Fulni-ô, que se dirige à comunidade mundial para dizer que está em orações e trabalhos para ajudar a humanidade a passar por esse momento difícil da Covid. Ele trabalha com as plantas e a medicina natural e, acende seu incenso pedindo o bem de todos, aconselha a todos a se desapegarem de bens materiais, porque todos somos iguais diante da morte.
Tingui-Botó: Batalha, Resistência - em plano-sequência caminhamos juntos da câmera percorrendo a aldeia Tinguí-botó até chegar em um cajazeiro, testemunha das lutas da comunidade. O filme conversa com o espectador através de um narrador, que sintetiza de forma precisa e sábia o seu ponto de vista sobre a pandemia na sua comunidade de suas dificuldades históricas para se manterem vivos. A Covid-19 é mais uma das batalhas que os Tinguí-Botó têm que enfrentar
Parente, a esperança do mundo - um road movie onde a comunidade Pankararu e outras comunidades indígenas refletem sobre as mudanças na vida da população com a Covid-19, como tentam se proteger do vírus e como percebem as ações do governo nesse contexto. O filme é uma denúncia contra os processos históricos de violências a que estão submetidos. Outras pandemias que os povos indígenas enfrentam.
Núcleo/Coletivo: Coletivo Fulni-ô De Cinema
Direção: Hugo Fulni-ô
Etnia: Fulni-ô
Ano: 2020
Duração: 3 minutos
Núcleo/Coletivo: Thul'se Audiovisual
Direção: Thul'se Audiovisual
Etnia: Fulni-ô
Ano: 2021
Duração: 10 minutos