MOSTRA PLATAFORMA NARRATIVAS INDÍGENAS DO NORDESTE NO MAM-Rio
31 de agosto a 20 de setembro de 2023
O ciclo Redes em Movimento, da Cinemateca do MAM, destaca a Plataforma Narrativas Indígenas do Nordeste, um espaço de partilha com o objetivo de promover o diálogo intercultural e de visibilidade das lutas por saúde, dignidade, direitos territoriais e preservação da cultura dos povos indígenas.
Esta Plataforma é fruto do projeto de pesquisa “Narrativas, memórias e diálogos interculturais: construindo uma rede audiovisual indígena do Nordeste como estratégia de agroecologia e promoção da saúde para o fortalecimento do SasiSUS nos territórios” construído e coordenado por André Monteiro do Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (Lasat/Fiocruz-PE), Marina Fasanello do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/ENSP/Fiocruz) e pesquisadores dos Territórios Indígenas, Marcelo Tingui (Tingui-Botó/AL) e Kleber Xukuru (Xukuru do Ororubá/PE), com a colaboração da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Norte de Minas e Espírito Santo (Apoinme), Núcleo Interdisciplinar de Cinema e Educação da Universidade Federal do Sergipe (Nice/UFS), Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (IP/UFAL), Universidade de Pernambuco/Campus Garanhuns, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/UC/PT) e VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. Programa Inova – Encomendas Estratégicas Saúde Indígena da Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz.
A MOSTRA PLATAFORMA NARRATIVAS INDÍGENAS DO NORDESTE NO MAM nasce inspirada na Mostra Maracá (curadoria de Sérgio Borges), no âmbito deste projeto de pesquisa e é composta por filmes disponibilizados em cinco sessões online, com debates temáticos entre intelectuais, lideranças e cineastas, tanto indígenas como da academia.
O encerramento da Mostra acontecerá no dia 20 de setembro na Cinemateca do MAM com a presença dos coordenadores do projeto, André Monteiro (Lasat/Fiocruz-PE), Marina Fasanello (Neepes/ENSP/Fiocruz) e Kleber Xukuru (Xukuru do Ororubá/PE) e Ruy Gardnier, coordenador de programação da Cinemateca do MAM-Rio. Em seguida haverá exibição dos documentários produzidos no âmbito da pesquisa e um debate sobre o Marco Temporal com a presença de Ana Pontes (ENSP/Fiocruz), Iran Xukuru (Xukuru do Ororubá/PE), Marcelo Tingui (Tingui-Botó/AL) e Marcelo Firpo (Neepes/Fiocruz), como mediador.
A partir do diálogo intercultural e da produção e circulação de narrativas audiovisuais que apoiam ações e práticas tradicionais de saúde dos povos Xukuru e Tingui-Botó, a pesquisa demonstra que as lutas indígenas contemporâneas buscam o reconhecimento para que o território, o corpo território, possa ser apropriado e vivido por lógicas coletivas não subordinadas às racionalidades excludentes. Portanto, uma experimentação de futuro passaria pela retomada dos saberes ancestrais.
Em sessões online, destacamos parte da produção audiovisual presente na plataforma, e abordaremos as diferentes estratégias de difusão dessa produção e suas temáticas de resistência.